O Rio Paraibuna sofre com o descarte irregular de detritos em Juiz de Fora.
De acordo com dados publicados pela Cesama em 2010, são coletados, semanalmente, dez toneladas de pneus, sacolas plásticas, pedaços de madeira, caixas e restos de feira ao longo do trecho que corta Juiz de Fora.
A coordenadora da Rede das Águas da SOS Mata Atlântica, Malu Ribeiro, explica que todos estes resíduos sólidos constituem o que é chamado de poluição difusa, que corresponde a 30% de todo o volume de lixo encontrado nos rios brasileiros.
“Isso é um reflexo de duas coisas: uma delas é a falta de gestão integrada de saneamento, isto é, uma integração entre os serviços de reciclagem, coleta seletiva e tratamento de água e esgoto. Outro ponto é a mudança de perfil do consumidor brasileiro: cada vez consumimos mais e geramos mais lixo”, diz Malu.
O coordenador do curso de engenharia sanitária e ambiental da UFJF, José Homero Soares, faz levantamentos periódicos da qualidade da água do rio, avaliando o grau de poluição das amostras. Apesar de ter concluído que o maior problema do Paraibuna está na falta de tratamento do esgoto domiciliar, o especialista constatou, durante a realização do estudo, que a má destinação dos resíduos sólidos é alarmante.
“O maior impacto no rio vem do lixo depositado em bocas de lobo e nas ruas, sobretudo no período de chuvas, que aponta para a falta de conscientização da população”, diz o coordenador.
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