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Este Blog é um compilado de pesquisas, fatos históricos e curiosidades acerca de um dos mais importantes rios de Minas Gerais.
A intenção é reunir, em um único lugar, informações relevantes a respeito do Rio Paraibuna.

terça-feira, 9 de junho de 2015

Um Pouco de História #2

A estrada do Paraibuna deu origem à rua principal, atual Avenida Rio Branco. Em 1850, os fazendeiros começaram a ocupar em torno da Avenida, onde formou-se um comércio forte.

Em 1860 esta estrada também não suportava mais o trânsito, então o barbacenense Mariano Procópio, construiu a estrada União Indústria . Mas esta durou pouco tempo em seu apogeu por diversos problemas, caindo no esquecimento. Seis anos após sua construção, chega a ferrovia Dom Pedro II, conseguindo transformar Juiz de Fora em um Polo Industrial, facilitando o escoamento da produção cafeeira em Minas.

Com o crescimento da cidade e a vinda dos imigrantes, trazendo a industrialização, o Rio Paraibuna destacou-se mais uma vez por seu potencial hídrico. O industrial Bernardo Mascarenhas construiu a primeira Usina Hidrelétrica da América do Sul, inaugurada em 1889. As águas da cachoeira de Marmelos transformaram Juiz de Fora na Manchester Mineira de Rui Barbosa.

Até hoje 12,5% do abastecimento energético de Juiz de Fora é mantido pelas usinas do Rio Paraibuna, conhecidas como Joasal, Paciência e Marmelos.

A energia elétrica deu força para a industrialização da região. No fim do século XIX, Juiz de Fora já contava com 20 indústrias, destacando-se o Setor Têxtil. Mas com essa industrialização teve início a morte do Rio Paraibuna.

A cidade crescia sem se preocupar com o Paraibuna, que era considerado um rio muito tortuoso e que às vezes incomodava. Foram feitos vários aterros para maior comodidade da população. Modificando a calha do rio e diminuindo a sua vazão, principalmente na época das chuvas.

Foi nos anos de 1906 e 1940 que a população acordou para o que tinha feito ao rio. As enchentes tomaram conta das partes mais baixas da cidade, atingindo as regiões de Costa Carvalho, Largo do Riachuelo, Mariano Procópio, Avenidas Getúlio Vargas, Rio Branco, Francisco Bernardino e Praças João Penido e Antônio Carlos, chegando as águas a mais de 2 metros de altura.

Depois de 1940, a cidade de Juiz de Fora passou a fazer parte do programa especial de defesa contra enchentes e recuperações de vales, do governo federal. Então resolveram fazer a retificação do rio.

O Departamento Nacional de Obra e Saneamento modificou o curso do rio no perímetro urbano. O trabalho visou aumentar a declividade na zona urbana, expandindo sua capacidade de vazão de 120 para 340m³ por segundo, como se encontra até hoje. Após ultrapassar a área central da cidade, o rio segue seu curso normal.

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