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Este Blog é um compilado de pesquisas, fatos históricos e curiosidades acerca de um dos mais importantes rios de Minas Gerais.
A intenção é reunir, em um único lugar, informações relevantes a respeito do Rio Paraibuna.

terça-feira, 9 de junho de 2015

Conteúdo Extra - A 1ª Usina Hidrelétrica da América do Sul

Com o crescimento da cidade de Juiz de Fora e a vinda dos imigrantes, trazendo a industrialização, o Rio Paraibuna destacou-se por seu potencial hídrico. Com as águas do Paraibuna, o industrial Bernardo Mascarenhas construiu a primeira Usina Hidrelétrica da América do Sul, inaugurada em 1889.


Esta primeira hidrelétrica chamava-se Marmelos Zero e produzia o suficiente para abastecer 1.080 residências na época. As águas da cachoeira de Marmelos transformaram Juiz de Fora na Manchester Mineira de Rui Barbosa.


A usina levantada às margens do Paraibuna acelerou o processo de desenvolvimento da técnica de produção de energia elétrica por meio de hidrelétricas no Brasil, que passou a olhar para seus rios como fonte de uma riqueza que iria além da pesca e mobilidade. 


A iniciativa da construção da primeira usina hidrelétrica do continente partiu do industrial mineiro Bernardo Mascarenhas, que, com objetivo de ampliar sua produção de tecidos, buscou por vários anos uma forma mais moderna e prática de movimentar os teares de sua empresa têxtil. 


Em 1878, depois de visitar a Exposição Universal de Paris, onde se encontrou com empresários de outros países e ficou conhecendo pesquisas e novidades tecnológicas desenvolvidas no exterior, Mascarenhas resolveu apostar na energia dos rios com forma de gerar energia.


Suas paredes foram edificadas com alvenaria de tijolos maciços aparentes, sobre embasamento de pedra, sendo vazadas por vãos com vergas em arcos abatidos em sequência ritmada. A cobertura de duas águas é recoberta por telhas francesas e tem os beirais ornamentados por lambrequim. Uma pequena torre de seção quadrada e telhado de quatro águas marca a construção.


Companhia Energética de Minas Gerais adquiriu a hidrelétrica em 1980. Em 1983, a Usina de Marmelos foi tombada pelo patrimônio municipal de Juiz de Fora e transformada em espaço cultural. Foi instalado na edificação da usina o Museu de Marmelos Zero, que desde 2000 é administrado pela Universidade Federal de Juiz de Fora.


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